por Ricardo Moreira
Segundo o Ministério da Saúde em todo o Brasil mais de 3 milhões de
meninas com idade entre 11 e 13 anos já foram imunizadas contra o HPV
(Papiloma-vírus Humano). A campanha de vacinação, iniciada em março, visa
a prevenção do câncer do colo do útero. Em Mãe Luíza a vacinação que teve
início em paralelo nas escolas da rede pública e nas unidades de saúde do
bairro.
Nas escolas a campanha parece ter conseguido atingir seu objetivo.
Segundo a diretora da Escola Estadual Prof. Severino Bezerra de Melo - Eliane
Pereira Nunes, a vacinação foi bem-sucedida, a escola realizou a vacinação no
turno da manhã (horário com maior número de meninas na faixa etária contemplada
pela campanha), as alunas receberam informação prévia em sala de aula e
diversos cartazes informativos foram colocados na escola. Segundo Eliane em
nenhum momento os pais ofereceram resistência à vacinação.
Eliane Pereira diretora da Escola
Estadual Prof. Severino Bezerra de Melo
Foto: Ricardo Krusty
Por outro lado nos postos de saúde do bairro a procura pela vacina tem
sido abaixo do esperado. Segundo Aparecida Câmara Santos administradora da
Unidade Mista de Saúde de Mãe Luíza a procura pela vacina na unidade tem sido
abaixo do esperado, como não tem um controle quanto ao número de atendimentos
realizados nas escolas ela não sabe se esse pode ser um dos motivos para a
baixa procura. Aparecida diz que uma forma de atingir um maior número de
meninas é informando aos que vem a unidade de saúde por outros motivos: “Nós
orientamos as mães nas filas, quando vem ao pediatra e lembramos que essa
vacina está sendo ofertada de graça e que na rede privada essa é uma vacina de
alto custo”.
Fato semelhante é percebido no Centro de Saúde Aparecida (Guanabara) uma
média semanal de 15 meninas tem procurado o Centro para serem vacinadas, para
Lígia Sílvia de Oliveira - enfermeira, isso se deve ao medo decorrente de
boatos sobre reações a vacina. Para ambas essa baixa procura não se deve a
falta de informação já que a campanha vem tendo ampla divulgação.
E foi a ampla divulgação a cerca da vacinação que motivou Adriana Costa
e levar sua filha Eveelin Yasmin, 12 anos, ao Centro de Saúde. Ela contou ter
recebido informação sobre a campanha na TV e na escola da filha “sempre trago
meus filhos para serem vacinados, o melhor é evitar disse Adriana enquanto a
filha tomava a dose da vacina.
Vacinação contra o HPV no Centro de Saúde Aparecida
Foto: Ricardo Krusty
Segundo Terezinha Vicente Firmino - Técnica de enfermagem, essa tem sido
a dinâmica na vacinação: mães que acompanham suas filhas para que estas tomem a
primeira dose da vacina quadrivalente, assim chamada por prevenir contra quatro
tipos de HPV (6, 11, 16 e 18). As meninas vêm acompanhadas das Mães e as que já
são sexualmente ativas recebem além da vacina informações sobre as outras
formas de prevenção.
A vacinação é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve
adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero, ela não substitui
o exame preventivo, o Papanicolau e nem o uso do preservativo nas relações
sexuais. O Ministério da Saúde orienta que após dois exames anuais consecutivos
negativos as mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame
preventivo, a cada três anos.
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